segunda-feira, 20 de junho de 2011

FICHAMENTO:

Livro: Amor de Perdição – Camilo Castelo Branco


1) A obra

a) Em que ano a obra foi publicada?

b) A que fase pertence Amor de Perdição?

c) Onde Camilo se encontrava quando escreveu Amor de Perdição?

d) Por que o autor aí estava?

e) Qual a origem da história de Amor de Perdição?

f) Qual a recepção desse romance entre os leitores da época?

2) O enredo

a) O romance possui um tema particularmente romântico: o amor proibido. Que personagens vivem esse drama?

b) Qual o motivo dessa proibição?

c) Qual a origem dos problemas entre elas?

d) Tadeu Albuquerque, para impedir que Teresa casasse com Simão, tentou forçá-la a quê?

e) Diante da recusa de Teresa, qual a atitude de seu pai?

f) Simão, que estudava em Coimbra, voltou para Viseu às escondidas para não despertar a fúria de seu pai e também para não agravar ainda mais a situação de Teresa. Onde se hospedou Simão?

g) Ao longo do romance, Simão sempre foi amparado por João da Cruz e sua filha, Mariana. Que razões eles tinham para isso?

h) Que particularidade do romance permite, até certo ponto, classificá-lo como romance epistolar?

i) Que fato importantíssimo para o desenrolar do romance ocorreu quando Teresa era levada do Convento de Viseu para o de Monchique?

j) Após esse episódio, o que aconteceu a Simão?

l) Qual o desfecho da novela?

3) O espaço e o tempo da narrativa

a) Onde transcorrem os fatos narrados no romance?

b) A ação se passa em que época?

c) Os fatos são narrados em sequência cronológica? Justifique sua resposta.

4) Os personagens

a) Personagens => Protagonistas / Antagonistas / Secundários.

b) O autor faz dois retratos de Simão, bem diferenciados entre si. Indique as características desses dois retratos e qual o motivo dessa transformação?

c) Como é feita a caracterização de Teresa?

d) Comente: Teresa e Mariana se igualam pelo amor ao mesmo homem; no entanto, há uma profunda distinção social entre elas.

e) Que traço de João da Cruz mostra-o como homem rústico e popular?

f) Por que Baltasar Coutinho representa o grande vilão da novela?

5) O narrador

a) Em que pessoa a novela foi escrita?

b) Indique e caracterize o tipo de narrador presente na obra.

c) O narrador mantém-se impessoal ou interfere na narrativa?

d) É possível dizer que existe adesão do narrador a certos personagens?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Grupo 07/Prosa Romântica Regionalista




O romance regionalista romântico

A ficção romântica brasileira: romance, conto, novela, distribui-se numa perspectiva indianista, outra urbana, outra histórica e uma outra regionalista. São características da prosa romântica brasileira:
·         O romance de folhetim: Matéria produzida com regularidade para publicação na imprensa. Contém a exploração da intriga, da complicação sentimental, a aventura, tal como hoje apresenta a novela de televisão. Antecedendo a radiodifusão, fez grande sucesso entre o público leitor que somente a abandonou quando surgiu a novela radiofônica.
·         O romance indianista: Tem como motivo o Brasil primitivo, a chegada da Metrópole colonizadora, a postura do nativo em relação à sua gente e em relação ao europeu que aqui se instala.
·         O romance urbano: Tem interesse pelo comportamento da burguesia; trata da frivolidade da vida urbana ao pintar seus hábitos, linguagens, maneira de trajar-se e de conviver nas rodas sociais ou estudantis, num momento em que a sociedade se deslumbra com o aspecto exterior.
No romance histórico, a História serve como fonte de inspiração, mas não se trata de uma análise do processo. O romancista vai buscar no passado os dados com recompõe o clima daquele momento. É desse período o romance de capa e espada: narrativas voltadas para o suspense ou para a atitude punitiva do vilão e o romance de mistérios. A oposição entre o romance histórico e o urbano está em seu aspecto cronológico.
Entre os romances regionalistas românticos estão as obras voltadas para os diversos núcleos regionais brasileiros: o Nordeste, os Pampas Gaúchos, Minas Gerais, o Pantanal de Mato Grosso. Essas obras tendem ao ufanismo regional, ao registro do nativismo. Listam-se nesse período: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Taunay e Franklin Távora.
Alguns dos romances regionalistas de José de Alencar são:

O seminarista e o regionalismo romântico

O regionalismo substituiu, no final do Romantismo, o indianismo, dentro dos mesmos objetivos de afirmação da nacionalidade brasileira. Não obstante o idealismo, às vezes excessivo, que norteava os autores românticos, levando-os a afastar-se da realidade, de uma percepção objetiva de sua época e de seu espaço, e a darem vazão ao sentimentalismo exacerbado e à imaginação, o regionalismo consistiu, em alguns casos, no retrato de determinado lugar, na observação de sua gente com seus costumes e paisagens.
Assim é com O seminarista: apesar da linguagem colorida, rica em pormenores e exagerada — sobretudo nas descrições da natureza —, o livro consegue mostrar um quadro fiel do interior de Minas Gerais, com os costumes e hábitos das pessoas do lugar, a vila de Tamanduá.
Já se disse que Bernardo Guimarães foi criticado por Monteiro Lobato, que o acusou de falsificar nossas matas, por força de uma excessiva adjetivação pretensiosa.
Em O Seminarista, o autor consegue superar essa falha, já que enfatiza uma questão social e religiosa: os efeitos danosos do celibato clerical.



Bernardo Guimarães: um autor regionalista

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, no dia 15 de agosto de 1825, e lá mesmo morreu, no dia 10 de março de 1884.
Em 1829, muda-se com a família para Uberaba, onde inicia os estudos, que seriam completados em Campo Belo e Ouro Preto.
Cursa a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, entre 1847 e 1852, levando, à época, uma vida que lhe traria a fama de boêmio e satírico. Participou da “Sociedade Epicuréia” com Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, participando das famosas “aventuras” do grupo de poetas que buscavam reviver as emoções e loucuras do poeta ultra-romântico inglês Lord Byron. Formado em Direito, dedica-se à Magistratura e ao Ma­gistério.
Em 1852 publica seu primeiro livro, o volume de poesias Cantos da solidão e é nomeado juiz municipal em Catalão, Goiás. Em 1860 está no Rio de Janeiro, colaborando na imprensa como crítico literário. Depois de retornar a Goiás em 1861, reassumindo suas funções de juiz, passa outra temporada no Rio, onde publica, entre 1864 e 1865, outro livro, Poesias.
O ano de 1867 marca sua volta a Ouro Preto e o casamento com Dona Teresa Maria Gomes. Dois anos depois, o primeiro romance: O ermitão de Muquém.
Suas obras mais lidas, O Seminarista (1872) e A Escrava Isaura (1875), devem-lhe a popularidade me­nos por um progresso na técnica narrativa ou no traçado das personagens, do que à garra dos proble­mas de época que abordam: o celibato clerical no primeiro e a escravidão no segundo.
Valendo-se da “técnica do contador de casos”, sua narrativa apresenta-se fluente, oralizada. Sofreu forte influência de Alexandre Herculano, o romântico português, autor anticlerical e avesso ao celibato imposto aos padres, em Eurico, o presbítero.
Bernardo Guimarães traz um regionalismo que mistura elementos da narrativa oral: os “causos” e as “estórias” de Minas Gerais, com uma boa dose de idealização. Embora não seja tão forte como em José de Alencar, tal idealização é responsável por uma linguagem adjetivosa e convencional na maioria dos quadros agrestes.
O Seminarista, sua melhor obra, é um verdadeiro pro­testo contra o cerceamento do instinto pelo voto precoce de castidade, o autor critica a distorção da natureza humana. Na linha do romance passional, retoma, com menos poesia, o esquema final de Herculano, no Eurico, o Presbítero: a morte e a loucura por amor.
Além das obras referidas, Bernardo Guimarães deixou também, em prosa, Lendas e romances (1871), O Garimpeiro (1872), Histórias e Tradições da Província de Minas Gerais (1872), O Índio Afonso (1873), Maurício (1877), A Ilha Maldita (1879); em poesia, Novas Poesias (1876), Folhas de Outono (1883), e a peça de teatro A Voz do Pajé (1914).

domingo, 12 de junho de 2011

ATENÇÃO: GRUPO 07

     Estou preocupada com o grupo 07: Prosa Regionalista Romântica Brasileira. Nenhuma postagem foi feita até o momento. Temos a apresentação do grupo 07, dia 15/06/2011. Não podemos esquecer das responsabilidades assumidas. Aguardo postagem. Obrigada, Vera.

GRUPO 08/ Teatro Romântico

Teatro Romântico
 Além da poesia e da ficção, obras do gênero dramático também foram produzidas no Romantismo. O teatro romântico define-se apoiado na tradição clássica do teatro de Shakespeare, no drama burguês e no teatro tradicional de algumas literaturas. No Romantismo, há o rompimento da lei das três unidades do teatro clássico (tempo, espaço, ação); passa-se do verso à prosa. Com a transformação do teatro clássico, concebe-se um teatro moderno para os problemas humanos, morais, sociais da época. As peças apresentam multiplicidade de circunstâncias e de personagens. Com a vinda da família real para o Brasil (1808) é que nasce rigorosamente o teatro nacional. Gonçalves de Magalhães e o ato João Caetano dos Santos são considerados os introdutores do teatro brasileiro. Gonçalves de Magalhães escreve, em 1838, a primeira peça romântica no Brasil: Antonio José ou o Poeta e a Inquisição. A peça Leonor de Mendonça, em três atos, escrita em prosa por Gonçalves Dias, revela a consciência do drama moderno. José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo são exemplos significativos da missão reformadora do teatro romântico. Em 1855, o teatro brasileiro passa por uma renovação: “os dramalhões e as comédias são substituídos pelos chamados dramas de casaca, teatro da atualidade, de tese social e de análise psicológica, transição para o teatro realista”, conforme diz Soares Amora. Principais Autores do Teatro Românticos LUÍS CARLOS MARTINS PENA (Rio de Janeiro-RJ, 1815 – Lisboa-Portugal, 1848) Martins Pena estuda comércio e artes, pintura e música. Dedica-se mais tarde, com êxito, ao estudo das línguas européias. Ingressa na carreira diplomática, indo servir junto à legação brasileira em Londres. Com a saúde abalada, tenta voltar para o Brasil, mas falece repentinamente em Lisboa com apenas trinta e três anos. Martins Pena escreve apenas teatro, sua verdadeira paixão, deixando-nos vinte e oito peças; nem todas, porém, impressas durante a vida do autor. É o expoente máximo do teatro romântico brasileiro, o mais importante comediógrafo da época. Deixa várias comédias de costumes. Sua linguagem é simples; utiliza disfarces e caricaturas, retratando a sociedade brasileira dos meados do século XIX. A sua estréia se dá em 1838 com a peça O Juiz de Paz da Roça. Escreve ainda outras peças: A Família e a Festa da Roça (1842); O Judas em Sábado de Aleluia (1846); O Caixeiro da Taverna (1847); Quem Casa Quer Casa (1847); O Noviço (1853).

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

Literatura

Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.

Música

Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.

Teatro

Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

O ROMANTISMO NO BRASIL

Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.
Artes Plásticas
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.

Martins Pena
Nascimento
Morte
Nacionalidade
Ocupação
Escola/tradição

Luís Carlos Martins Pena (Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1815Lisboa, 7 de dezembro de 1848) foi dramaturgo, diplomata e introdutor da comédia de costumes no Brasil, tendo sido considerado o Molière brasileiro.
Sua obra caracterizou pioneiramente, com ironia e humor, as graças e desventuras da sociedade brasileira e de suas instituições. É patrono da Academia Brasileira.
Vida
Filho de Antônio Martins Pena e Ana Francisca de Paula Julieta Pena, pessoas de poucas posses. Com um ano de idade, tornou-se órfão de pai; aos dez anos, de mãe. Seu padrasto, Antônio Maria da Silva Torres, deixou-o a cargo de tutores e, por destinação destes, ingressou na vida comercial, concluindo o curso de Comércio aos vinte anos, em 1835. Depois, passou a freqüentar a Academia Imperial das Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente, estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 4 de outubro de 1838, foi representada, pela primeira vez, uma peça sua, "O juiz de paz na roça", no Teatro São Pedro, pela célebre companhia teatral de João Caetano (1808-1863), o mais famoso ator e encenador da época. No mesmo ano, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos diversos, tais como amanuense da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, em 1843, e adidos à Legação do Brasil em Londres, Inglaterra, em 1847. Durante todo este período, contribuiu para a literatura brasileira com cerca de trinta peças, das quais aproximadamente vinte sendo comédias, o que o tornou fundador do gênero da comédia de costumes no Brasil, e as restantes constituindo farsas e dramas. Também, de agosto de 1846 a outubro 1847, fez críticas teatrais como folhetinista do Jornal do Comercio. Em Londres, contraiu tuberculose; e em trânsito para o Brasil, veio a falecer em Lisboa, Portugal, com apenas 33 anos de idade, em 7 de dezembro de 1848.
Em sua obra ele debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.
Após sua morte, ainda vieram a público algumas de suas peças, como "O noviço" (1853) e "Os dois ou O inglês maquinista" (1871). Sua produção foi reunida em Comédias (1898), editado pela Editora Garnir, e em Teatro de Martins Pena (1965), 2 volumes, editado pelo Instituto Nacional do Livro. Folhetins - A semana lírica (1965), editado pelo então Ministério da Educação e Cultura e pelo Instituto Nacional do Livro, abrange a colaboração do autor no Jornal do Comércio (1846-1847).
Martins Pena deu ao teatro brasileiro cunho nacional, influenciando, em especial, Artur Azevedo. Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "...se se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época".
Uma das principais salas do Teatro Nacional Cláudio Sant oro, em Brasília, leva seu nome.
Obra

A obra de Martins Pena reúne quase 30 peças, dentre comédias, sátiras, farsas e dramas. Destacou-se especialmente por suas comédias, nas quais imprimiu caráter brasileiro, fundando o gênero da comédia de costumes no Brasil, mas foi criticado pela baixa qualidade de seus dramas. No geral, produziu peças curtas e superficiais, contidas em um único ato, apenas esboçando a natureza das personagens e criando tramas, por vezes, com pouca verossimilhança e coerência. Ainda assim, construiu muitas passagens de grande vivacidade e situações surpreendentes e é constantemente elogiado pela espontaneidade dos diálogos e pela perspicácia no registro dos costumes brasileiros, mesmo que quase sempre satirizados.

Obras:

Teatro:

• O Irmão das Almas;

• O Judas no Sábado de Aleluia;

• Quem casa quer casa;

• Os dois ou o Inglês Maquinista;

• Um estrangeiro na Corte.

• O Noviço.
Academia Brasileira de Letras
Martins Pena é o patrono da cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de um dos fundadores desta academia, o teatrólogo Artur de Azevedo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Grupo 5/ Prosa Romântica Histórica Brasileira

Os jornais e a literatura O Romantismo é fruto de um complexo movimento de idéias políticas, sociais e artísticas. Esse movimento encontra, no Brasil, um clima propício ao seu desenvolvimento. O público leitor, representado por pessoas da aristocracia rural, encontra na literatura um meio de entretenimento.
O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-José de Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram  Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances regionalistas, históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro)
O objetivo dos primeiros jornais, no século XIX, é expandir a cultura entre os leitores médios. O jornalismo literário conta com vários adeptos. Os romances de folhetim, de crítica literária, de crônicas passam, então, a ser cultivados. Surgem cronistas importantes, entre eles:
José de Alencar; Dos seus folhetins, Ao Correr da Pena (1851-1855), sairão mais tarde romances urbanos como Senhora, Sonhos D'ouro, pautados em observações do autor sobre a sociedade do tempo.                                                                                                                                                                                                                                                                       França Junior; o mais prestigiado cronista da época – publica seus folhetins nos jornais O Globo Ilustrado, O País, O Correio Mercantil.
É preciso frisar que a difusão, em livro ou em jornal, de traduções livres, resumos de romance e narrativas populares da cultura estrangeira contribuiu bastante para a divulgação e consolidação desse novo gênero literário.
A prosa ficcional A ficção (romance, novela e contos) se inclui entre os gêneros literários preferidos pelo Romantismo. Com o estabelecimento da corte imperial no Brasil e com o crescente desenvolvimento de alguns núcleos urbanos, o público jovem começa a tomar um certo interesse pela literatura. É do agrado desse público leitor o romance que tenha uma história sentimental, com algum suspense e um desfecho feliz.
O romance romântico no Brasil tem como características marcante o nacionalismo literário. Entende-se por nacionalismo a tendência em escrever sobre coisas locais: lugares, cenas, fotos, costumes brasileiros. Essa tendência contribuiu para a naturalização da literatura portuguesa no Brasil. O romance foi uma forma verdadeira de pesquisar, descobrir e valorizar um país novo.
Características
* Subjetivismo - A pessoalidade do autor está em destaque. A poesia e a prosa romântica apresentam uma visão particular da sociedade, de seus costumes e da vida como um todo.                                                                                                                                                                                                                                                                                            * Sentimentalismo - Os sentimentos dos personagens entram em foco. O autor passa a usar a literatura como forma de explorar sentimentos comuns à sociedade, como: o amor, a cólera, a paixão etc. O sentimentalismo geralmente implica na exploração da temática amorosa e nos dramas de amor.                                                                                                                                                           * Nacionalismo, ufanismo - Surge a necessidade de criar uma cultura genuinamente brasileira. Como uma forma de publicidade do Brasil, os autores brasileiros procuravam expressar uma opinião, um gosto, uma cultura e um jeito autênticos, livres de traços europeus.                                                                                * Maior liberdade formal - As produções literárias estavam livres para assumir a forma que quisessem, ou seja, entrava em evidência a expressão em detrimento da estrutura formal (versificação, rima etc).                                                                                                                                                                                                                                               * Vocabulário mais brasileiro - Como um meio de criar uma cultura brasileira original os artistas buscavam inspiração nas raízes pré-coloniais utilizando-se de vocábulos indígenas e regionalismos brasileiros para criar uma língua que tivesse a cara do Brasil.                                                                                                                                                         * Religiosidade - A produção literária romântica, utiliza-se não só da fé católica como um meio de mostrar recato e austeridade, mas utiliza-se também da espiritualidade, expressando uma presença divina no ambiente natural.                                                                                                                                                                                      * Mal do Século - Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.                                                                                                                                                                                                               * Indianismo - O autor romântico utilizava-se da figura do índio como inspiração para seu trabalho, depositando em sua imagem a confiança num símbolo de patriotismo e brasilidade, adotando o indígena como a figura do herói nacional (bom selvagem).                                                                                                                                                   * A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc era muito superficial e pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição romântica e mascarada dos fatos.                                                                                                                                                          * Escapismo - Os artistas românticos procuravam fugir da opressão capitalista gerada pela revolução burguesa (revolução industrial). Apesar de criticarem a burguesia, os artistas tinham que ser sutis pois os burgueses eram os mecenas de sua literatura e por isso procuravam escapar da realidade através da idealização.As formas de escape seriam as seguinte: Fuga no tempo, Fuga no sonho e na imaginação, Fuga na loucura , Fuga no espaço e Fuga na morte.                                                                                               * O culto à natureza - Com a busca de um passado indígena e de uma cultura naturalmente brasileira surge o culto ao natural, aos elementos da natureza, tão cultuados pelos índios. Passava-se a observar o ambiente natural como algo divino e puro.                                                                                                                                                                         * A idealização da Mulher (figura feminina)- a mulher era a fonte de toda a inspiração. Era intocável, vista como um anjo em que jamais poderiam desfrutar de suas características puras e angelicais.
                                                                                                                                                          

Grupo 05- Prosa Romantica Indianista

                                                Prosa Romantica Indianista
O romancista procura valorizar as nossas origens. Há a transformação das personagens em heróis, que apresentam traços do caráter do bom selvagem: valentia, nobreza, brio. Essa tendência do romance romântico encontramos nas obras: O Guarani, Iracema e Ubirajara, de José de Alencar.
 Gonçalves de Magalhães X Gonçalves Dias. Ou “A Confederação dos Tamoios" X "Canção do Tamoio". Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias apesar de terem suas literaturas voltadas ao indianismo, à natureza e à Pátria, possuem pontos de vista divergentes. Enquanto este ressalta o índio dizendo-o digno e valoroso em sua realidade, aquele o põe em uma posição de inferioridade, onde apenas em mundos distantes teria paz. Em seu poema "A Confederação dos Tamoios", que fala sobre a reunião dos chefes dos índios Tupinambás da região do litoral paulista e sul fluminense, após a revolta ante a ação violenta dos portugueses contra eles, Magalhães coloca a realidade do índio como uma luta em prol da sobrevivência; sem paz eles sonham com um paraíso nunca dantes imaginado, onde apenas a harmonia e a beleza reinam. Em contrapartida, Dias, em seu poema "Canção do Tamoio", que retrata o nascimento de um índio, cuja imagem personifica a de um verdadeiro herói (clone do cavaleiro medieval das novelas européias românticas), desenvolve o tema indígena fazendo uso de lendas e mitos, conflitos e amores, valorizando e exaltando o índio. Ambos os poemas são de foco indianista, a única mudança seria o modo como os indígenas são tratados pelos poetas. Enquanto Gonçalves de Magalhães considera o índio como "bárbaro ou selvagem", Gonçalves Dias o considera como um "bom selvagem” (uma referencia a Rousseau). Em se tratando da forma são completamente diferentes já que aquele está ainda preso aos padrões clássicos, enquanto este buscou captar a sensibilidade e os sentimentos do povo indígena, expressando uma linguagem simples e acessível, utilizando-se das métricas do Romantismo. É de levar em conta que, para a literatura brasileira, tanto os poemas de Gonçalves de Magalhães, quanto os de Gonçalves Dias, acerca do indianismo são maravilhosos, repletos de características e visões próprias, o que é comum na literatura à subjetividade. A literatura se sustenta através de suas teorias e, toda teoria surge a partir de novos fatos.
Obras

 José de Alencar

Senhora de José de Alencar, retrata a oposição do dinheiro e amor. Lucíola, também de Alencar, retrata a prostituição do século XIX. É um romance urbano. O Guarani, Iracema e Diva, que é um dos romances urbanos do escritor brasileiro José de Alencar foi publicado em 1864. Também se pode considerar a continuação de Lucíola.Consolidador do romance, um ficcionista que cai no gosto popular. Sua obra é um retrato fiel de suas posições políticas e sociais: grande proprietário rural, político conservador, monarquista, escravocrata, burguês. Pode-se perceber o medievalismo no personagem de O Guarani, Peri (bom selvagem) que deveria respeitar a realidade social de que ao senhor de tudo deve-se obediência, respeito e lealdade.

Noite na Taverna

Noite na taverna, livro em que jovens embriagados contam histórias macabras de crimes e paixões. A obra de Álvares de Azevedo é o ponto mais alto do ultra-romantismo brasileiro. Apresenta sete contos marcados por violência, crime, incesto, traição e assassinato.

 Inocência

Inocência é considerada a obra-prima não só de Taunay, mas também do romance regionalista de nosso Romantismo, e sua qualidade resulta do equilíbrio alcançado na contraposição de vários aspectos: ficção e realidade, valores românticos e valores da realidade bruta do sertão, linguagem culta e linguagem regional. Trata-se de uma história de amor impossível, que envolve Cirino, prático de farmácia que se autopromovera a médico, e Inocência, uma Jovem do sertão do Mato Grosso, filha de Pereira, pequeno proprietário, representante típico da mentalidade vigente entre os habitantes daquela região.
A realização amorosa entre os jovens é inviável, porque Inocência fora prometida em casamento pelo pai a Manecão Doca, um rústico vaqueiro da região; e também porque Pereira exerce forte vigilância sobre a filha, pois, de acordo com os seus valores, ele tem de garantir a virgindade de Inocência até o dia do casamento.
Ao lado dos acontecimentos que constituem a trama amorosa, há também o choque de valores entre Pereira e Meyer, um naturalista alemão colecionador de borboletas que se hospedara na casa do pequeno proprietário.
O choque de valores entre os dois evidencia as diferenças entre o meio rural brasileiro e o meio urbano europeu.
Defende o “casamento” entre o nativo e o colonizador numa troca de favores (temática presente em O Guarani - Ceci e família e Peri e em Iracema com Moacir, filho de Iracema e Martim. Tudo isso traduzido numa linguagem coloquial, diálogos bem feitos por sua formação de professor de Português.
Sua vasta obra conta com romances urbanos, históricos, regionais e rurais, além dos indianistas. Iracema é uma obra que denota as grandes características de Alencar: paisagista e pintor de perfis femininos.