Livro: Amor de Perdição – Camilo Castelo Branco
1) A obra
a) Em que ano a obra foi publicada?
b) A que fase pertence Amor de Perdição?
c) Onde Camilo se encontrava quando escreveu Amor de Perdição?
d) Por que o autor aí estava?
e) Qual a origem da história de Amor de Perdição?
f) Qual a recepção desse romance entre os leitores da época?
2) O enredo
a) O romance possui um tema particularmente romântico: o amor proibido. Que personagens vivem esse drama?
b) Qual o motivo dessa proibição?
c) Qual a origem dos problemas entre elas?
d) Tadeu Albuquerque, para impedir que Teresa casasse com Simão, tentou forçá-la a quê?
e) Diante da recusa de Teresa, qual a atitude de seu pai?
f) Simão, que estudava em Coimbra, voltou para Viseu às escondidas para não despertar a fúria de seu pai e também para não agravar ainda mais a situação de Teresa. Onde se hospedou Simão?
g) Ao longo do romance, Simão sempre foi amparado por João da Cruz e sua filha, Mariana. Que razões eles tinham para isso?
h) Que particularidade do romance permite, até certo ponto, classificá-lo como romance epistolar?
i) Que fato importantíssimo para o desenrolar do romance ocorreu quando Teresa era levada do Convento de Viseu para o de Monchique?
j) Após esse episódio, o que aconteceu a Simão?
l) Qual o desfecho da novela?
3) O espaço e o tempo da narrativa
a) Onde transcorrem os fatos narrados no romance?
b) A ação se passa em que época?
c) Os fatos são narrados em sequência cronológica? Justifique sua resposta.
4) Os personagens
a) Personagens => Protagonistas / Antagonistas / Secundários.
b) O autor faz dois retratos de Simão, bem diferenciados entre si. Indique as características desses dois retratos e qual o motivo dessa transformação?
c) Como é feita a caracterização de Teresa?
d) Comente: Teresa e Mariana se igualam pelo amor ao mesmo homem; no entanto, há uma profunda distinção social entre elas.
e) Que traço de João da Cruz mostra-o como homem rústico e popular?
f) Por que Baltasar Coutinho representa o grande vilão da novela?
5) O narrador
a) Em que pessoa a novela foi escrita?
b) Indique e caracterize o tipo de narrador presente na obra.
c) O narrador mantém-se impessoal ou interfere na narrativa?
d) É possível dizer que existe adesão do narrador a certos personagens?
segunda-feira, 20 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Grupo 07/Prosa Romântica Regionalista
O romance regionalista romântico |
A ficção romântica brasileira: romance, conto, novela, distribui-se numa perspectiva indianista, outra urbana, outra histórica e uma outra regionalista. São características da prosa romântica brasileira: · O romance de folhetim: Matéria produzida com regularidade para publicação na imprensa. Contém a exploração da intriga, da complicação sentimental, a aventura, tal como hoje apresenta a novela de televisão. Antecedendo a radiodifusão, fez grande sucesso entre o público leitor que somente a abandonou quando surgiu a novela radiofônica. · O romance indianista: Tem como motivo o Brasil primitivo, a chegada da Metrópole colonizadora, a postura do nativo em relação à sua gente e em relação ao europeu que aqui se instala. · O romance urbano: Tem interesse pelo comportamento da burguesia; trata da frivolidade da vida urbana ao pintar seus hábitos, linguagens, maneira de trajar-se e de conviver nas rodas sociais ou estudantis, num momento em que a sociedade se deslumbra com o aspecto exterior. No romance histórico, a História serve como fonte de inspiração, mas não se trata de uma análise do processo. O romancista vai buscar no passado os dados com recompõe o clima daquele momento. É desse período o romance de capa e espada: narrativas voltadas para o suspense ou para a atitude punitiva do vilão e o romance de mistérios. A oposição entre o romance histórico e o urbano está em seu aspecto cronológico.Entre os romances regionalistas românticos estão as obras voltadas para os diversos núcleos regionais brasileiros: o Nordeste, os Pampas Gaúchos, Minas Gerais, o Pantanal de Mato Grosso. Essas obras tendem ao ufanismo regional, ao registro do nativismo. Listam-se nesse período: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Taunay e Franklin Távora. Alguns dos romances regionalistas de José de Alencar são: |
O seminarista e o regionalismo romântico |
O regionalismo substituiu, no final do Romantismo, o indianismo, dentro dos mesmos objetivos de afirmação da nacionalidade brasileira. Não obstante o idealismo, às vezes excessivo, que norteava os autores românticos, levando-os a afastar-se da realidade, de uma percepção objetiva de sua época e de seu espaço, e a darem vazão ao sentimentalismo exacerbado e à imaginação, o regionalismo consistiu, em alguns casos, no retrato de determinado lugar, na observação de sua gente com seus costumes e paisagens. Assim é com O seminarista: apesar da linguagem colorida, rica em pormenores e exagerada — sobretudo nas descrições da natureza —, o livro consegue mostrar um quadro fiel do interior de Minas Gerais, com os costumes e hábitos das pessoas do lugar, a vila de Tamanduá. Já se disse que Bernardo Guimarães foi criticado por Monteiro Lobato, que o acusou de falsificar nossas matas, por força de uma excessiva adjetivação pretensiosa. Em O Seminarista, o autor consegue superar essa falha, já que enfatiza uma questão social e religiosa: os efeitos danosos do celibato clerical. |
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Bernardo Guimarães: um autor regionalista |
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, no dia 15 de agosto de 1825, e lá mesmo morreu, no dia 10 de março de 1884. Em 1829, muda-se com a família para Uberaba, onde inicia os estudos, que seriam completados em Campo Belo e Ouro Preto. Cursa a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, entre 1847 e 1852, levando, à época, uma vida que lhe traria a fama de boêmio e satírico. Participou da “Sociedade Epicuréia” com Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, participando das famosas “aventuras” do grupo de poetas que buscavam reviver as emoções e loucuras do poeta ultra-romântico inglês Lord Byron. Formado em Direito, dedica-se à Magistratura e ao Magistério. Em 1852 publica seu primeiro livro, o volume de poesias Cantos da solidão e é nomeado juiz municipal em Catalão, Goiás. Em 1860 está no Rio de Janeiro, colaborando na imprensa como crítico literário. Depois de retornar a Goiás em 1861, reassumindo suas funções de juiz, passa outra temporada no Rio, onde publica, entre 1864 e 1865, outro livro, Poesias. O ano de 1867 marca sua volta a Ouro Preto e o casamento com Dona Teresa Maria Gomes. Dois anos depois, o primeiro romance: O ermitão de Muquém. Suas obras mais lidas, O Seminarista (1872) e A Escrava Isaura (1875), devem-lhe a popularidade menos por um progresso na técnica narrativa ou no traçado das personagens, do que à garra dos problemas de época que abordam: o celibato clerical no primeiro e a escravidão no segundo. Valendo-se da “técnica do contador de casos”, sua narrativa apresenta-se fluente, oralizada. Sofreu forte influência de Alexandre Herculano, o romântico português, autor anticlerical e avesso ao celibato imposto aos padres, em Eurico, o presbítero. Bernardo Guimarães traz um regionalismo que mistura elementos da narrativa oral: os “causos” e as “estórias” de Minas Gerais, com uma boa dose de idealização. Embora não seja tão forte como em José de Alencar, tal idealização é responsável por uma linguagem adjetivosa e convencional na maioria dos quadros agrestes. O Seminarista, sua melhor obra, é um verdadeiro protesto contra o cerceamento do instinto pelo voto precoce de castidade, o autor critica a distorção da natureza humana. Na linha do romance passional, retoma, com menos poesia, o esquema final de Herculano, no Eurico, o Presbítero: a morte e a loucura por amor. Além das obras referidas, Bernardo Guimarães deixou também, em prosa, Lendas e romances (1871), O Garimpeiro (1872), Histórias e Tradições da Província de Minas Gerais (1872), O Índio Afonso (1873), Maurício (1877), A Ilha Maldita (1879); em poesia, Novas Poesias (1876), Folhas de Outono (1883), e a peça de teatro A Voz do Pajé (1914). |
domingo, 12 de junho de 2011
ATENÇÃO: GRUPO 07
Estou preocupada com o grupo 07: Prosa Regionalista Romântica Brasileira. Nenhuma postagem foi feita até o momento. Temos a apresentação do grupo 07, dia 15/06/2011. Não podemos esquecer das responsabilidades assumidas. Aguardo postagem. Obrigada, Vera.
GRUPO 08/ Teatro Romântico
Teatro Romântico
Além da poesia e da ficção, obras do gênero dramático também foram produzidas no Romantismo. O teatro romântico define-se apoiado na tradição clássica do teatro de Shakespeare, no drama burguês e no teatro tradicional de algumas literaturas. No Romantismo, há o rompimento da lei das três unidades do teatro clássico (tempo, espaço, ação); passa-se do verso à prosa. Com a transformação do teatro clássico, concebe-se um teatro moderno para os problemas humanos, morais, sociais da época. As peças apresentam multiplicidade de circunstâncias e de personagens. Com a vinda da família real para o Brasil (1808) é que nasce rigorosamente o teatro nacional. Gonçalves de Magalhães e o ato João Caetano dos Santos são considerados os introdutores do teatro brasileiro. Gonçalves de Magalhães escreve, em 1838, a primeira peça romântica no Brasil: Antonio José ou o Poeta e a Inquisição. A peça Leonor de Mendonça, em três atos, escrita em prosa por Gonçalves Dias, revela a consciência do drama moderno. José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo são exemplos significativos da missão reformadora do teatro romântico. Em 1855, o teatro brasileiro passa por uma renovação: “os dramalhões e as comédias são substituídos pelos chamados dramas de casaca, teatro da atualidade, de tese social e de análise psicológica, transição para o teatro realista”, conforme diz Soares Amora. Principais Autores do Teatro Românticos LUÍS CARLOS MARTINS PENA (Rio de Janeiro-RJ, 1815 – Lisboa-Portugal, 1848) Martins Pena estuda comércio e artes, pintura e música. Dedica-se mais tarde, com êxito, ao estudo das línguas européias. Ingressa na carreira diplomática, indo servir junto à legação brasileira em Londres. Com a saúde abalada, tenta voltar para o Brasil, mas falece repentinamente em Lisboa com apenas trinta e três anos. Martins Pena escreve apenas teatro, sua verdadeira paixão, deixando-nos vinte e oito peças; nem todas, porém, impressas durante a vida do autor. É o expoente máximo do teatro romântico brasileiro, o mais importante comediógrafo da época. Deixa várias comédias de costumes. Sua linguagem é simples; utiliza disfarces e caricaturas, retratando a sociedade brasileira dos meados do século XIX. A sua estréia se dá em 1838 com a peça O Juiz de Paz da Roça. Escreve ainda outras peças: A Família e a Festa da Roça (1842); O Judas em Sábado de Aleluia (1846); O Caixeiro da Taverna (1847); Quem Casa Quer Casa (1847); O Noviço (1853).
Artes Plásticas
Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.
Literatura
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.
Música
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.
O ROMANTISMO NO BRASIL
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.
Artes Plásticas
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.
Martins Pena
Nascimento | |
Morte | 7 de dezembro de 1848 (33 anos) Lisboa |
Nacionalidade | |
Ocupação | Dramaturgo, diplomata e introdutor da comédia de costumes no Brasil |
Escola/tradição |
Luís Carlos Martins Pena (Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1815 — Lisboa, 7 de dezembro de 1848) foi dramaturgo, diplomata e introdutor da comédia de costumes no Brasil, tendo sido considerado o Molière brasileiro.
Sua obra caracterizou pioneiramente, com ironia e humor, as graças e desventuras da sociedade brasileira e de suas instituições. É patrono da Academia Brasileira.
Sua obra caracterizou pioneiramente, com ironia e humor, as graças e desventuras da sociedade brasileira e de suas instituições. É patrono da Academia Brasileira.
Vida
Filho de Antônio Martins Pena e Ana Francisca de Paula Julieta Pena, pessoas de poucas posses. Com um ano de idade, tornou-se órfão de pai; aos dez anos, de mãe. Seu padrasto, Antônio Maria da Silva Torres, deixou-o a cargo de tutores e, por destinação destes, ingressou na vida comercial, concluindo o curso de Comércio aos vinte anos, em 1835. Depois, passou a freqüentar a Academia Imperial das Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente, estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 4 de outubro de 1838, foi representada, pela primeira vez, uma peça sua, "O juiz de paz na roça", no Teatro São Pedro, pela célebre companhia teatral de João Caetano (1808-1863), o mais famoso ator e encenador da época. No mesmo ano, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos diversos, tais como amanuense da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, em 1843, e adidos à Legação do Brasil em Londres, Inglaterra, em 1847. Durante todo este período, contribuiu para a literatura brasileira com cerca de trinta peças, das quais aproximadamente vinte sendo comédias, o que o tornou fundador do gênero da comédia de costumes no Brasil, e as restantes constituindo farsas e dramas. Também, de agosto de 1846 a outubro 1847, fez críticas teatrais como folhetinista do Jornal do Comercio. Em Londres, contraiu tuberculose; e em trânsito para o Brasil, veio a falecer em Lisboa, Portugal, com apenas 33 anos de idade, em 7 de dezembro de 1848.
Em sua obra ele debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.
Após sua morte, ainda vieram a público algumas de suas peças, como "O noviço" (1853) e "Os dois ou O inglês maquinista" (1871). Sua produção foi reunida em Comédias (1898), editado pela Editora Garnir, e em Teatro de Martins Pena (1965), 2 volumes, editado pelo Instituto Nacional do Livro. Folhetins - A semana lírica (1965), editado pelo então Ministério da Educação e Cultura e pelo Instituto Nacional do Livro, abrange a colaboração do autor no Jornal do Comércio (1846-1847).
Martins Pena deu ao teatro brasileiro cunho nacional, influenciando, em especial, Artur Azevedo. Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "...se se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época".
Uma das principais salas do Teatro Nacional Cláudio Sant oro, em Brasília, leva seu nome.Obra
Em sua obra ele debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.
Após sua morte, ainda vieram a público algumas de suas peças, como "O noviço" (1853) e "Os dois ou O inglês maquinista" (1871). Sua produção foi reunida em Comédias (1898), editado pela Editora Garnir, e em Teatro de Martins Pena (1965), 2 volumes, editado pelo Instituto Nacional do Livro. Folhetins - A semana lírica (1965), editado pelo então Ministério da Educação e Cultura e pelo Instituto Nacional do Livro, abrange a colaboração do autor no Jornal do Comércio (1846-1847).
Martins Pena deu ao teatro brasileiro cunho nacional, influenciando, em especial, Artur Azevedo. Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "...se se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época".
Uma das principais salas do Teatro Nacional Cláudio Sant oro, em Brasília, leva seu nome.Obra
A obra de Martins Pena reúne quase 30 peças, dentre comédias, sátiras, farsas e dramas. Destacou-se especialmente por suas comédias, nas quais imprimiu caráter brasileiro, fundando o gênero da comédia de costumes no Brasil, mas foi criticado pela baixa qualidade de seus dramas. No geral, produziu peças curtas e superficiais, contidas em um único ato, apenas esboçando a natureza das personagens e criando tramas, por vezes, com pouca verossimilhança e coerência. Ainda assim, construiu muitas passagens de grande vivacidade e situações surpreendentes e é constantemente elogiado pela espontaneidade dos diálogos e pela perspicácia no registro dos costumes brasileiros, mesmo que quase sempre satirizados.
Obras:
Teatro:
• O Irmão das Almas;
• O Judas no Sábado de Aleluia;
• Quem casa quer casa;
• Os dois ou o Inglês Maquinista;
• Um estrangeiro na Corte.
• O Noviço.
Academia Brasileira de Letras
Martins Pena é o patrono da cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de um dos fundadores desta academia, o teatrólogo Artur de Azevedo.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Grupo 5/ Prosa Romântica Histórica Brasileira
Os jornais e a literatura O Romantismo é fruto de um complexo movimento de idéias políticas, sociais e artísticas. Esse movimento encontra, no Brasil, um clima propício ao seu desenvolvimento. O público leitor, representado por pessoas da aristocracia rural, encontra na literatura um meio de entretenimento.
O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-José de Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances regionalistas, históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro)
O objetivo dos primeiros jornais, no século XIX, é expandir a cultura entre os leitores médios. O jornalismo literário conta com vários adeptos. Os romances de folhetim, de crítica literária, de crônicas passam, então, a ser cultivados. Surgem cronistas importantes, entre eles:
José de Alencar; Dos seus folhetins, Ao Correr da Pena (1851-1855), sairão mais tarde romances urbanos como Senhora, Sonhos D'ouro, pautados em observações do autor sobre a sociedade do tempo. França Junior; o mais prestigiado cronista da época – publica seus folhetins nos jornais O Globo Ilustrado, O País, O Correio Mercantil.
É preciso frisar que a difusão, em livro ou em jornal, de traduções livres, resumos de romance e narrativas populares da cultura estrangeira contribuiu bastante para a divulgação e consolidação desse novo gênero literário.
A prosa ficcional A ficção (romance, novela e contos) se inclui entre os gêneros literários preferidos pelo Romantismo. Com o estabelecimento da corte imperial no Brasil e com o crescente desenvolvimento de alguns núcleos urbanos, o público jovem começa a tomar um certo interesse pela literatura. É do agrado desse público leitor o romance que tenha uma história sentimental, com algum suspense e um desfecho feliz.
O romance romântico no Brasil tem como características marcante o nacionalismo literário. Entende-se por nacionalismo a tendência em escrever sobre coisas locais: lugares, cenas, fotos, costumes brasileiros. Essa tendência contribuiu para a naturalização da literatura portuguesa no Brasil. O romance foi uma forma verdadeira de pesquisar, descobrir e valorizar um país novo.
O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-José de Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances regionalistas, históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro)
O objetivo dos primeiros jornais, no século XIX, é expandir a cultura entre os leitores médios. O jornalismo literário conta com vários adeptos. Os romances de folhetim, de crítica literária, de crônicas passam, então, a ser cultivados. Surgem cronistas importantes, entre eles:
José de Alencar; Dos seus folhetins, Ao Correr da Pena (1851-1855), sairão mais tarde romances urbanos como Senhora, Sonhos D'ouro, pautados em observações do autor sobre a sociedade do tempo. França Junior; o mais prestigiado cronista da época – publica seus folhetins nos jornais O Globo Ilustrado, O País, O Correio Mercantil.
É preciso frisar que a difusão, em livro ou em jornal, de traduções livres, resumos de romance e narrativas populares da cultura estrangeira contribuiu bastante para a divulgação e consolidação desse novo gênero literário.
A prosa ficcional A ficção (romance, novela e contos) se inclui entre os gêneros literários preferidos pelo Romantismo. Com o estabelecimento da corte imperial no Brasil e com o crescente desenvolvimento de alguns núcleos urbanos, o público jovem começa a tomar um certo interesse pela literatura. É do agrado desse público leitor o romance que tenha uma história sentimental, com algum suspense e um desfecho feliz.
O romance romântico no Brasil tem como características marcante o nacionalismo literário. Entende-se por nacionalismo a tendência em escrever sobre coisas locais: lugares, cenas, fotos, costumes brasileiros. Essa tendência contribuiu para a naturalização da literatura portuguesa no Brasil. O romance foi uma forma verdadeira de pesquisar, descobrir e valorizar um país novo.
Características
* Subjetivismo - A pessoalidade do autor está em destaque. A poesia e a prosa romântica apresentam uma visão particular da sociedade, de seus costumes e da vida como um todo. * Sentimentalismo - Os sentimentos dos personagens entram em foco. O autor passa a usar a literatura como forma de explorar sentimentos comuns à sociedade, como: o amor, a cólera, a paixão etc. O sentimentalismo geralmente implica na exploração da temática amorosa e nos dramas de amor. * Nacionalismo, ufanismo - Surge a necessidade de criar uma cultura genuinamente brasileira. Como uma forma de publicidade do Brasil, os autores brasileiros procuravam expressar uma opinião, um gosto, uma cultura e um jeito autênticos, livres de traços europeus. * Maior liberdade formal - As produções literárias estavam livres para assumir a forma que quisessem, ou seja, entrava em evidência a expressão em detrimento da estrutura formal (versificação, rima etc). * Vocabulário mais brasileiro - Como um meio de criar uma cultura brasileira original os artistas buscavam inspiração nas raízes pré-coloniais utilizando-se de vocábulos indígenas e regionalismos brasileiros para criar uma língua que tivesse a cara do Brasil. * Religiosidade - A produção literária romântica, utiliza-se não só da fé católica como um meio de mostrar recato e austeridade, mas utiliza-se também da espiritualidade, expressando uma presença divina no ambiente natural. * Mal do Século - Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão. * Indianismo - O autor romântico utilizava-se da figura do índio como inspiração para seu trabalho, depositando em sua imagem a confiança num símbolo de patriotismo e brasilidade, adotando o indígena como a figura do herói nacional (bom selvagem). * A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc era muito superficial e pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição romântica e mascarada dos fatos. * Escapismo - Os artistas românticos procuravam fugir da opressão capitalista gerada pela revolução burguesa (revolução industrial). Apesar de criticarem a burguesia, os artistas tinham que ser sutis pois os burgueses eram os mecenas de sua literatura e por isso procuravam escapar da realidade através da idealização.As formas de escape seriam as seguinte: Fuga no tempo, Fuga no sonho e na imaginação, Fuga na loucura , Fuga no espaço e Fuga na morte. * O culto à natureza - Com a busca de um passado indígena e de uma cultura naturalmente brasileira surge o culto ao natural, aos elementos da natureza, tão cultuados pelos índios. Passava-se a observar o ambiente natural como algo divino e puro. * A idealização da Mulher (figura feminina)- a mulher era a fonte de toda a inspiração. Era intocável, vista como um anjo em que jamais poderiam desfrutar de suas características puras e angelicais.Grupo 05- Prosa Romantica Indianista
Prosa Romantica Indianista
O romancista procura valorizar as nossas origens. Há a transformação das personagens em heróis, que apresentam traços do caráter do bom selvagem: valentia, nobreza, brio. Essa tendência do romance romântico encontramos nas obras: O Guarani, Iracema e Ubirajara, de José de Alencar.
Gonçalves de Magalhães X Gonçalves Dias. Ou “A Confederação dos Tamoios" X "Canção do Tamoio". Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias apesar de terem suas literaturas voltadas ao indianismo, à natureza e à Pátria, possuem pontos de vista divergentes. Enquanto este ressalta o índio dizendo-o digno e valoroso em sua realidade, aquele o põe em uma posição de inferioridade, onde apenas em mundos distantes teria paz. Em seu poema "A Confederação dos Tamoios", que fala sobre a reunião dos chefes dos índios Tupinambás da região do litoral paulista e sul fluminense, após a revolta ante a ação violenta dos portugueses contra eles, Magalhães coloca a realidade do índio como uma luta em prol da sobrevivência; sem paz eles sonham com um paraíso nunca dantes imaginado, onde apenas a harmonia e a beleza reinam. Em contrapartida, Dias, em seu poema "Canção do Tamoio", que retrata o nascimento de um índio, cuja imagem personifica a de um verdadeiro herói (clone do cavaleiro medieval das novelas européias românticas), desenvolve o tema indígena fazendo uso de lendas e mitos, conflitos e amores, valorizando e exaltando o índio. Ambos os poemas são de foco indianista, a única mudança seria o modo como os indígenas são tratados pelos poetas. Enquanto Gonçalves de Magalhães considera o índio como "bárbaro ou selvagem", Gonçalves Dias o considera como um "bom selvagem” (uma referencia a Rousseau). Em se tratando da forma são completamente diferentes já que aquele está ainda preso aos padrões clássicos, enquanto este buscou captar a sensibilidade e os sentimentos do povo indígena, expressando uma linguagem simples e acessível, utilizando-se das métricas do Romantismo. É de levar em conta que, para a literatura brasileira, tanto os poemas de Gonçalves de Magalhães, quanto os de Gonçalves Dias, acerca do indianismo são maravilhosos, repletos de características e visões próprias, o que é comum na literatura à subjetividade. A literatura se sustenta através de suas teorias e, toda teoria surge a partir de novos fatos.
Obras
José de Alencar
Senhora de José de Alencar, retrata a oposição do dinheiro e amor. Lucíola, também de Alencar, retrata a prostituição do século XIX. É um romance urbano. O Guarani, Iracema e Diva, que é um dos romances urbanos do escritor brasileiro José de Alencar foi publicado em 1864. Também se pode considerar a continuação de Lucíola.Consolidador do romance, um ficcionista que cai no gosto popular. Sua obra é um retrato fiel de suas posições políticas e sociais: grande proprietário rural, político conservador, monarquista, escravocrata, burguês. Pode-se perceber o medievalismo no personagem de O Guarani, Peri (bom selvagem) que deveria respeitar a realidade social de que ao senhor de tudo deve-se obediência, respeito e lealdade.
Defende o “casamento” entre o nativo e o colonizador numa troca de favores (temática presente em O Guarani - Ceci e família e Peri e em Iracema com Moacir, filho de Iracema e Martim. Tudo isso traduzido numa linguagem coloquial, diálogos bem feitos por sua formação de professor de Português.Noite na Taverna
Noite na taverna, livro em que jovens embriagados contam histórias macabras de crimes e paixões. A obra de Álvares de Azevedo é o ponto mais alto do ultra-romantismo brasileiro. Apresenta sete contos marcados por violência, crime, incesto, traição e assassinato.
Inocência
Inocência é considerada a obra-prima não só de Taunay, mas também do romance regionalista de nosso Romantismo, e sua qualidade resulta do equilíbrio alcançado na contraposição de vários aspectos: ficção e realidade, valores românticos e valores da realidade bruta do sertão, linguagem culta e linguagem regional. Trata-se de uma história de amor impossível, que envolve Cirino, prático de farmácia que se autopromovera a médico, e Inocência, uma Jovem do sertão do Mato Grosso, filha de Pereira, pequeno proprietário, representante típico da mentalidade vigente entre os habitantes daquela região.
A realização amorosa entre os jovens é inviável, porque Inocência fora prometida em casamento pelo pai a Manecão Doca, um rústico vaqueiro da região; e também porque Pereira exerce forte vigilância sobre a filha, pois, de acordo com os seus valores, ele tem de garantir a virgindade de Inocência até o dia do casamento.
Ao lado dos acontecimentos que constituem a trama amorosa, há também o choque de valores entre Pereira e Meyer, um naturalista alemão colecionador de borboletas que se hospedara na casa do pequeno proprietário.
O choque de valores entre os dois evidencia as diferenças entre o meio rural brasileiro e o meio urbano europeu.
Sua vasta obra conta com romances urbanos, históricos, regionais e rurais, além dos indianistas. Iracema é uma obra que denota as grandes características de Alencar: paisagista e pintor de perfis femininos.
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