Alunos : Carolina Lee, Paloma Elizabeth, João Vitor, Thamires, Renata e Isabelle Rodrigues .
Perequê e Açu
Capítulo 04
No dia seguinte bem cedo, antes mesmo que os primeiros raios do Sol começassem a despontar no horizonte, Açu já estava em pé na beira do fogão, esperando sua mãe cortar um pedaço de bolo que tinha acabado de sair do forno, feito com: trigo, ovos, melado e alguns cravos. O cheiro que exalava era muito bom. Espalhava por toda a cozinha.
Seria o seu café da manhã, juntamente com um copo de caldo de cana.
Estava com pressa, ainda tinha que catar minhocas no terreiro, logo atrás da senzala, e vistoriar os anzóis antes de ir pescar na beira do rio.
Francisca foi logo dizendo:
- Açu, você não vai esperar o sinhozinho, Perequê?
- Claro que sim. Mas estou adiantando as coisas porque o dia será longo hoje. Temos muitas coisas para fazer .
- Vê se não apronta por aí filho.
- Pode deixar comigo Dona Joaquina. Rsrs...
- Êta! Muleque endiabrado! Vive aprontando por aí. Obrigado, meu bom Deus, por ele ter o sinhozinho como amigo. Assim, espero que nunca sofra como muitos de nós.
Açu, assim que acabou de tomar o seu café, pega a enxada e parte para os fundos da senzala. Ele sabe que a terra lá da horta é bem macia e cheia de minhocas graúdas. Ótimas para a pescaria.
Lá em casa grande, o senhor Madruga está sentado no alpendre a conversar com a Dona Bárbara que está com a Aimara já tão cedo no colo.
- Madruga, Aimara não passou bem a noite toda;
Com muita febre e chorando muito.
- E por que você não me chamou?
- Bem! Eu não quis te incomodar porque sabia que hoje você teria que pegar a estrada para Vila Rica. Afinal, tem muita encomenda de aguardente para entregar por lá.
- Ora! Besteira sua Bárbara. Deveria ter me acordado. Mas afinal, o que você acha que ela tem?
- Bom! Parece que é um dente que vem nascendo.
- O que você deu para ela?
- eu peguei dois dentes de alho, deixei cozinhar bastante e depois esfreguei na gengiva, onde o dente está querendo nascer. Aprendi que o alho cozido mata a coceira do dente e faz a dor parar, com a velha Inácia.
- Ela tem grande conhecimento e sabe tudo sobre ervas milagrosas.
Segundo ela, aprendeu ainda moça com a sua avó que por sua vez, aprendeu com o povo indígena.
- Mas Bárbara, como Aimara está agora?
- Agora está mais tranquila. Chegou a dormir aqui no meu colo.
- Bom! Não vou viajar mais hoje. Francisco informou que alguns arreios e cangalhas precisam de reparos, e que para isso, precisaríamos de mais um dia. Então, resolvi adiar para amanhã bem cedo. Não dá para subir a Serra, assim. O risco de perder as garrafas de aguardente é muito grande. E o prejuízo seria maior ainda.
- Que bom que vai ficar mais um dia. Fico mais tranquila com você por perto.
Neste momento, o pequeno Perequê, chega à varanda.
- Bênção pai? Benção mãe?
- Deus o abençoe meu filho.
- O dia está bonito hoje, não está? – disse o menino.
Senhor Madruga, logo responde:
- Está sim, filho. Sente-se um pouco aqui comigo e sua mãe.
Dona Bárbara vai logo perguntando ao menino:
- Perequê, você já tomou o seu café?
- Já sim. Passei na cozinha antes de vir para cá e comi alguns pedaços de mandioca cozidos e paçoca de carne-seca e uma caneca de leite. E ao mesmo tempo, via a Quitéria, à nova cozinheira, preparar a massa de massapão. Ela até me deixou ralar os cocos.
- Pelo jeito vai ficar bom filho ! Teve a sua participação . rsrs
- O Açu está me esperando para irmos pescar . Será que eu posso ir papai ?
- Se você prometer que irá tomar cuidado .
- Prometo ao senhor que irei tomar o maior cuidado possível .
- Fique esperto, porque tem vários capitães do mato, por aí caçando um caboclo fugido que dizem estar louco .
-Pode deixar papai, vou ficar apenas na beira do rio, nos limites da fazenda .
O serelepe menino, então sai todo eufórico pelo terreiro em busca da senzala para encontrar com o amigo Açu .
- Açu! Açu!
- Enlouqueceste? Por que grita assim feito maritaca ?
- Larga de ser bobo, Açu . Eu estava, era louco de vontade de chegar aqui logo para irmos pescar.
- É ! Agora está fácil, já catei as minhocas, arrumei os anzóis. Só falta mesmo, é irmos logo para o rio. Por que você demorou tanto ?
- Ora ! Estava dormindo. Assim que acordei fui tomar café. Depois me sentei um pouquinho com os meus pais para conversar .
- Hum ! Perdendo tempo ,viu.
- Êta ! Que amigo abusado fui arrumar . rsrsrs ... Agora quem está perdendo tempo precioso é você, com esta conversa comprida, e nem está percebendo que a galinha carijó está com,endo toda a minhoca que você catou .
- Chi ! É mesmo ! Nem tinha visto. Sai pra lá carijó . Chispa... Chispa . Sai carijó, Sai... Sai .
Os meninos pegam todos os apetrechos para irem a beira do rio pescar .
Ao chegar à beira do rio, Perequê e Açu, trataram de colocar as iscas nos anzóis e começaram a pescar. Logo os peixes começaram a morder a isca . A todo momento um peixe era fisgado .
- Que coisa boa ! Acabei de pegar outro peixe .
- Deste jeito, vamos encher o cesto rapidinho . Assim vamos comer muito peixe cozido, acompanhado de pirão e farinha .
- Que bom !
- Sabe amigo, nasci escrevo, e seu pai é meu dono . Minha mãe sempre diz que o maior sonho dela, era me ver com a carta de alforria na mão . Diz que sonha sempre com isso .
- Olha ! Não costumo me meter nos assuntos do meu pai, e também nunca o vi maltratar um escravo sequer .
- Não estou reclamando de maus tratos Perequê . Só estou dizendo que isso é um sonho de minha mãe .
- Opa ! Peguei mais um .
- A cesta está cheia. Meus pais já devem estar preocupados.
- Vamos embora logo Açu, já está quase na hora ,do almoço e os meus pais já devem estar realmente preocupados .
À tarde já vai caindo, quando Perequê retorna para a casa grande, todo feliz da vida e encontra seus pais de pé no alpendre.
- Por onde estava Perequê ? Hoje o mocinho passou o dia todo fora de casa, sua mãe ficou preocupada e pediu até o Clemente para ir te procurar.
- Estava pescando junto com o Açu . O senhor me deixou ir .
- Deixei, mas não pensei que ficaria quase o dia todo fora. Amanhã, está proibido de sair aqui de perto da Casa Grande. Até porque vou fazer uma longa viagem e não quero você longe de sua mãe. Ela até reclamou que você hoje, nem chegou perto do piano .
- Pode deixar papai, prometo que amanhã, volto a fazer as aulas de piano e não vou sair de perto de casa .
- Assim espero, Perequê .
Dona Bárbara pergunta ao menino :
- Você não comeu ainda filho ?
- Comi sim, a Joaquina fritou os peixes que eu e Açu pescamos e fez um pirão com o caldo da cabeça do peixe e nos deu para comermos .
- Então tá certo . Vamos entrar e descansarmos, que o dia amanhã, vai ser longo .
Todos se recolheram, exaustos, devido ao agito do dia .
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Grupo 6 Histórias de Perequê e Açu
Alunos: Ana Flávia, Beatriz, Kennya, Lucas, Maycon e Thaisa.
Nº: 02, 04, 23, 26, 30 e 39.
Teatro de Fantoches
Capítulo 1
Nº: 02, 04, 23, 26, 30 e 39.
Teatro de Fantoches
Capítulo 1
Nos confins de um vilarejo chamado Paraty, viviam dois meninos muito curiosos e brincalhões. Isso no ano de 2011 no século 21. A vila de Paraty, nessa época, era bem movimentada.
Perequê era um menino de oito anos, muito educado, de fino trato, mas também muito bagunceiro e curioso. Ele era filho do senhor Madruga, um próspero fazendeiro produtor de cana-de-açúcar, farinha de mandioca e café da região. A fazenda, além de café, produzia uma das melhores cachaças da região. A mãe de Perequê era dona Bárbara, uma mulher culta e que tocava piano muito bem. Perequê tinha uma irmã de dois anos que se chamava Aimara.
Já Açu era filho de empregados da fazenda Magnífica de propriedade do pai de Perequê. Os dois meninos viviam juntos por todos os lados, fazendo o que sabiam fazer de melhor: bagunça.
- Perequê. Perequê. – Gritava Açu todo eufórico diante da sede da fazenda.
- O que você deseja com o patrãozinho, moleque? – Falou a escrava Inácia.
- Quero contar uma história que minha mãe contou lá na casa dos fundos para todos os meninos. Agora eu quero contar para o meu grande amigo Perequê.
-Ah! Deixe de bobagem. O patrãozinho está estudando piano com a dona Bárbara. E ela não vai deixar ele interromper os estudos para vir dar ouvido a besteiras suas. Volte mais tarde.
- Vá!... Vá andando. Deixe-me terminar de varrer este terreno logo.
- Velha – Disse ele, baixando a voz para que a Inácia não escutasse.
- O que foi que disse?
- Não é nada não. Depois eu volto.
Açu então saiu correndo pelo meio do terreno espalhando tudo o que Inácia havia acabado de varrer.
Gritando com muita raiva Inácia disse:
- Eu ainda vou te dar uma surra, seu negrinho safado.
Açu virou-se para trás olhando para Inácia brava e sorriu. Saiu e voltou para a casa dos fundos.
Chegando lá, pensando alto disse:
- Bem, se não tem outro jeito, vai ter que ser assim! Vou ter que esperar um pouco mais para poder contar a história sobre a Mãe do Ouro que ouvi da minha mãe.
Enquanto isso...
Lá na sede da fazenda, Perequê ouve as instruções musicais dadas por sua mãe, dona Bárbara. Ele estava totalmente inquieto.
Embora gostasse das aulas de piano, ele sabia que lá fora de casa havia muito mais diversão. Principalmente se estivesse com o seu amigo Açu.
Sua mãe muito exigente vivia corrigindo-o a todo instante. Mas ele não parava de pensar no amigo e nas brincadeiras que poderiam fazer juntos.
Neste instante, o seu pai, o senhor Madruga chegou em casa, depois de ter percorrido todo o cafezal da fazenda para verificar como andava a colheita do grão.
Perequê, que ainda não havia visto o seu pai aquele dia, correu em direção e disse:
- Sua bênção, meu pai.
- Deus te abençoe, meu filho. E mexeu no cabelo do menino fazendo um carinho.
Logo em seguida, Perequê saiu em disparada pelo terreiro.
- Bom dia, Inácia.
- Bom dia, patrãozinho. O senhor dormiu bem?
- Dormi feito um anjo.
Neste instante Inácia sorriu pensando besteira. E disse:
- Patrãozinho?
- O que foi Inácia?
- O moleque do Açu esteve aqui a sua procura.
- E por que você não me chamou?
- Ora! Você não sabe que a dona Bárbara não gosta de ser interrompida durante as suas aulas. Não sabe?
- Tudo bem.
E saiu novamente em disparada em direção a casa dos fundos.
- Açu! Açu!
- O que o patrãozinho quer aqui a esta hora da manhã? – disse o capataz Francisco.
- A Inácia falou que ele esteve lá em casa me chamando. Quero saber para que?
- Eu vou ver se ele está lá dentro. Acalme aí só um pouco.
- Joaquina. Oh! Joaquina.
- O que é que o senhor quer seu Francisco?
- O Açu está por aí? O patrãozinho está aí fora à procura dele.
- Aquele diacho em vez de buscar a lenha para eu fazer o almoço pegou foi à vara de pescar e saiu lá pras bandas do rio.
O capataz então retornou com a resposta.
- Perequê, ele não está aqui. Sua mãe disse que ele foi para a beira do rio pescar. Mas acho bom o patrãozinho não ir lá. É muito perigoso.
- Pode deixar, Francisco. Eu não vou.
Ele pensou... Pensou...
Eu vou ou não me encontrar com Açu na beira do rio?
- Hum! Acho que vou lá rapidinho. Não vou precisar nem pedir aos meus pais.
E saiu apressadamente e procurando mudar a trajetória do caminho para que o Francisco não percebesse que ele estava indo na direção do rio.
O menino foi pelo caminho cantarolando até chegar a margens do rio.
Lá, embaixo de um enorme ingazeiro, encontrou o amigo Açu, cavando o solo em busca de minhoca para a sua pescaria.
- Oi, Açu, a Inácia disse que você esteve lá em casa me procurando.
- Estive sim. Para contar uma história que minha mãe contou, ontem, para todos os meninos, logo após o jantar.
- É mesmo. Sobre o quê? Conte-me tudo.
- Calma, amigo, primeiro ajude-me a catar umas minhocas. Quero levar uns peixinhos para o almoço.
- Sua mãe estava brava com você. Disse que tinha pedido para você pegar lenha para ela fazer o almoço. Quando ela foi procurar você tinha sumido. Rsrsrs...
- Ah! Lá tem mais gente para pegar a lenha. Estou a fim de comer um peixinho hoje. Rsrs...
- Mas me conta, Açu, sobre a história. Estou curioso.
- Acalme-se, que eu vou contar. Mas primeiro espere eu pôr a isca no anzol.
- Conte logo essa droga de história, Açu. Está me dando nos nervos com essa demora.
- Rsrs...
Então, Açu, lançando o seu anzol no rio, começou a contar.
- Minha mãe contou a história sobre a Mãe do Ouro.
- Nunca ouvi essa história.
- Ela contou que a história é sobre um encantamento.
- Como assim?
- Ela disse que a Mãe do Ouro é dona de um grande tesouro em ouro, e por causa disso ela não tem paz. Tem que ficar mudando sempre o local onde esconde essa fortuna. E que ela possui várias moradias nesta nossa região. Alguns dizem que ela esconde o ouro numa região chamada de Toca do Ouro. Outros já dizem que é em uma outra região chamada de Cairuçu.
- Cairu... O quê?
- É Cairuçu.
-Tá bom, continue contando.
- Pois é. Ela contou que a cada sete anos, por medo que alguém encontre o seu tesouro, a Mãe do Ouro muda de moradia e, portanto, o esconderijo de toda a sua fortuna. E disse ainda, quem conseguir descobrir onde ela esconde o seu tesouro passará a ser o dono de toda a sua fortuna em ouro.
- Isso só pode ser história mesmo. Rsrs. – disse Perequê.
- Minha mãe diz que essa história é verdadeira e que muitos já morreram tentando achar o tesouro. Ela disse também que a pessoa que estiver vendo a Mãe do Ouro esconder o seu tesouro, não pode deixar ela lhe ver. Caso contrário ela deixará a pessoa cega para morrer perdido no meio da mata.
Neste momento Açu começa a gritar:
- Peguei! Peguei!
- Pegou o quê, Açu?
- Não tá vendo que o meu anzol está puxando, Perequê? Acabei de fisgar um peixe. Veja só que belo peixão.
- Bonito mesmo. Vai dar um almoço e tanto, Açu.
Perequê muito do inquieto e querendo saber mais sobre a tal Mãe do Ouro, continuou instigando o Açu.
- Fale mais sobre essa história. Será que isso é verdade mesmo ou só uma lenda.
- Se é só uma lenda eu não posso afirmar, mas minha mãe disse que é verdade.
- Açu, nós bem que poderíamos investigar e saber mais sobre essa tal de Mãe do Ouro. O que você acha?
- Hum! Acho legal. Sou filho da empregada mesmo. Já pensou se nós acharmos e eu ficar rico como você? Rs... Rs...
- Assim que você terminar de pescar vamos voltar para casa. Lá eu quero perguntar para a sua mãe mais sobre essa história de tesouro.
E continuaram batendo papo e pescando.
E voltaram para a casa dos fundos.
Na cozinha da casa dos fundos, Perequê não se conteve em perguntar para a empregada Joaquina, mãe do Açu, sobre a história que tinha contado para os meninos na senzala na noite anterior.
- É verdade a história que o Açu me contou, Joaquina?
Joaquina, na beira do fogão a lenha, começava a consertar i viscerar os peixes que o negrinho Açu havia pescado e começou a falar.
- É verdade, Perequê, eu contei essa história para os meninos ontem à noite, logo após o jantar. Essa história eu ouvi da minha velha mãe, que foi contada a ela por sua avó materna. Um dos meus tios havia fugido da prisão para tentar encontrar esse tesouro, que só tinha uma chance de ser revelado a cada sete anos.
- E como ele ficou sabendo o dia certo para ir procurar?
- Ai é que está o verdadeiro segredo. Você tem que desejar muito encontrar. E a partir da noite que você sonhar que encontrou o tesouro, no outro dia, terá que sair para procurar bem cedo. Caso perca esta oportunidade, só terá outra de novo daqui a sete anos.
Perequê sorriu!
- Ninguém será capaz de achar esse tesouro, Joaquina.
Açu, sentado à beira do fogão, ficou olhando para Perequê sorrindo, sem ao menos saber o que dizer.
Foi quando o Perequê falou:
- Joaquina, amanhã você pode contar outra história para nós?
- Claro que sim, patrãozinho.
E ficaram pensando na busca ao tesouro o dia inteiro.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Oração do reinício das aulas:segundo semestre 2011
Deus, meu Deus. Autor da vida. Senhor da História. Estamos juntos em oração. Juntos como determinastes. E juntos sentimos a Tua presença e consagramos esse novo semestre. E juntos pedimos-Te que possamos ser fiéis à nossa vocação.
Que neste segundo semestre 2011, Senhor, os professores se lembrem da vocação de ensinar. Que sejam tocados pelo Teu amor, para que possam partilhar amor. Que estejam entusiasmados, cientes do sublime papel de tocar a alma e de ajudar o aluno a entender que vale a pena ser bom, que vale a pena aprender, e aprender sempre, para que sejam, ao mesmo tempo, mais sábios e mais humildes.
Que neste segundo semestre 2011, Senhor, os alunos estejam mais receptivos. Que se abram para a eterna novidade da vida, da amizade, do amor. Que, nas salas de aula, o Teu espírito esteja presente, tocando no coração de todos eles, sem distinção. E que a carência que vem de famílias ausentes seja amenizada nestes espaços de luz.
Que, neste segundo semestre 2011, cada funcionário se regozije de sua missão. Que ninguém se sinta diminuído, e que o respeito seja o guia de cada relação. Que a arrogância não encontre eco nesses espaços. Que a prepotência dê lugar ao olhar singelo de todos que precisam aprender. E Tu sabes, Senhor, que todos, sem distinção, precisam aprender.
Que, nesse colégio, um clima de harmonia possa reinar. Que cada canto e recanto seja abençoado. Que os acidentes sejam pequenos e não retirem o sorriso e o encanto das pessoas que aqui vêm para exercitar a arte e a missão de construir a felicidade. Que sejamos todos acolhedores e nos sintamos todos acolhidos por estarmos juntos, aqui.
Que os pais possam estar mais presentes. Que se lembrem de que são os primeiros educadores e que não podem relegar ao colégio o seu papel de condutores de toda a vida. Que os pais se amem. Que a violência não encontre guarida na casa de nossos alunos. Que a serenidade vença a agressividade, e que o amor jamais tire folga.
Senhor, abençoa este segundo semestre 2011! Queremos renovar nossa fidelidade ao Teu chamado. Queremos renovar nossa disposição de viver a vida a serviço de uma grande causa, da causa do amor. E que o amor, esse sentimento divino e humano, esse sentimento que sintetiza sua essência, nossa essência, seja a razão de estarmos aqui. Amém!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
FICHAMENTO:
Livro: Amor de Perdição – Camilo Castelo Branco
1) A obra
a) Em que ano a obra foi publicada?
b) A que fase pertence Amor de Perdição?
c) Onde Camilo se encontrava quando escreveu Amor de Perdição?
d) Por que o autor aí estava?
e) Qual a origem da história de Amor de Perdição?
f) Qual a recepção desse romance entre os leitores da época?
2) O enredo
a) O romance possui um tema particularmente romântico: o amor proibido. Que personagens vivem esse drama?
b) Qual o motivo dessa proibição?
c) Qual a origem dos problemas entre elas?
d) Tadeu Albuquerque, para impedir que Teresa casasse com Simão, tentou forçá-la a quê?
e) Diante da recusa de Teresa, qual a atitude de seu pai?
f) Simão, que estudava em Coimbra, voltou para Viseu às escondidas para não despertar a fúria de seu pai e também para não agravar ainda mais a situação de Teresa. Onde se hospedou Simão?
g) Ao longo do romance, Simão sempre foi amparado por João da Cruz e sua filha, Mariana. Que razões eles tinham para isso?
h) Que particularidade do romance permite, até certo ponto, classificá-lo como romance epistolar?
i) Que fato importantíssimo para o desenrolar do romance ocorreu quando Teresa era levada do Convento de Viseu para o de Monchique?
j) Após esse episódio, o que aconteceu a Simão?
l) Qual o desfecho da novela?
3) O espaço e o tempo da narrativa
a) Onde transcorrem os fatos narrados no romance?
b) A ação se passa em que época?
c) Os fatos são narrados em sequência cronológica? Justifique sua resposta.
4) Os personagens
a) Personagens => Protagonistas / Antagonistas / Secundários.
b) O autor faz dois retratos de Simão, bem diferenciados entre si. Indique as características desses dois retratos e qual o motivo dessa transformação?
c) Como é feita a caracterização de Teresa?
d) Comente: Teresa e Mariana se igualam pelo amor ao mesmo homem; no entanto, há uma profunda distinção social entre elas.
e) Que traço de João da Cruz mostra-o como homem rústico e popular?
f) Por que Baltasar Coutinho representa o grande vilão da novela?
5) O narrador
a) Em que pessoa a novela foi escrita?
b) Indique e caracterize o tipo de narrador presente na obra.
c) O narrador mantém-se impessoal ou interfere na narrativa?
d) É possível dizer que existe adesão do narrador a certos personagens?
1) A obra
a) Em que ano a obra foi publicada?
b) A que fase pertence Amor de Perdição?
c) Onde Camilo se encontrava quando escreveu Amor de Perdição?
d) Por que o autor aí estava?
e) Qual a origem da história de Amor de Perdição?
f) Qual a recepção desse romance entre os leitores da época?
2) O enredo
a) O romance possui um tema particularmente romântico: o amor proibido. Que personagens vivem esse drama?
b) Qual o motivo dessa proibição?
c) Qual a origem dos problemas entre elas?
d) Tadeu Albuquerque, para impedir que Teresa casasse com Simão, tentou forçá-la a quê?
e) Diante da recusa de Teresa, qual a atitude de seu pai?
f) Simão, que estudava em Coimbra, voltou para Viseu às escondidas para não despertar a fúria de seu pai e também para não agravar ainda mais a situação de Teresa. Onde se hospedou Simão?
g) Ao longo do romance, Simão sempre foi amparado por João da Cruz e sua filha, Mariana. Que razões eles tinham para isso?
h) Que particularidade do romance permite, até certo ponto, classificá-lo como romance epistolar?
i) Que fato importantíssimo para o desenrolar do romance ocorreu quando Teresa era levada do Convento de Viseu para o de Monchique?
j) Após esse episódio, o que aconteceu a Simão?
l) Qual o desfecho da novela?
3) O espaço e o tempo da narrativa
a) Onde transcorrem os fatos narrados no romance?
b) A ação se passa em que época?
c) Os fatos são narrados em sequência cronológica? Justifique sua resposta.
4) Os personagens
a) Personagens => Protagonistas / Antagonistas / Secundários.
b) O autor faz dois retratos de Simão, bem diferenciados entre si. Indique as características desses dois retratos e qual o motivo dessa transformação?
c) Como é feita a caracterização de Teresa?
d) Comente: Teresa e Mariana se igualam pelo amor ao mesmo homem; no entanto, há uma profunda distinção social entre elas.
e) Que traço de João da Cruz mostra-o como homem rústico e popular?
f) Por que Baltasar Coutinho representa o grande vilão da novela?
5) O narrador
a) Em que pessoa a novela foi escrita?
b) Indique e caracterize o tipo de narrador presente na obra.
c) O narrador mantém-se impessoal ou interfere na narrativa?
d) É possível dizer que existe adesão do narrador a certos personagens?
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Grupo 07/Prosa Romântica Regionalista
O romance regionalista romântico |
A ficção romântica brasileira: romance, conto, novela, distribui-se numa perspectiva indianista, outra urbana, outra histórica e uma outra regionalista. São características da prosa romântica brasileira: · O romance de folhetim: Matéria produzida com regularidade para publicação na imprensa. Contém a exploração da intriga, da complicação sentimental, a aventura, tal como hoje apresenta a novela de televisão. Antecedendo a radiodifusão, fez grande sucesso entre o público leitor que somente a abandonou quando surgiu a novela radiofônica. · O romance indianista: Tem como motivo o Brasil primitivo, a chegada da Metrópole colonizadora, a postura do nativo em relação à sua gente e em relação ao europeu que aqui se instala. · O romance urbano: Tem interesse pelo comportamento da burguesia; trata da frivolidade da vida urbana ao pintar seus hábitos, linguagens, maneira de trajar-se e de conviver nas rodas sociais ou estudantis, num momento em que a sociedade se deslumbra com o aspecto exterior. No romance histórico, a História serve como fonte de inspiração, mas não se trata de uma análise do processo. O romancista vai buscar no passado os dados com recompõe o clima daquele momento. É desse período o romance de capa e espada: narrativas voltadas para o suspense ou para a atitude punitiva do vilão e o romance de mistérios. A oposição entre o romance histórico e o urbano está em seu aspecto cronológico.Entre os romances regionalistas românticos estão as obras voltadas para os diversos núcleos regionais brasileiros: o Nordeste, os Pampas Gaúchos, Minas Gerais, o Pantanal de Mato Grosso. Essas obras tendem ao ufanismo regional, ao registro do nativismo. Listam-se nesse período: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Taunay e Franklin Távora. Alguns dos romances regionalistas de José de Alencar são: |
O seminarista e o regionalismo romântico |
O regionalismo substituiu, no final do Romantismo, o indianismo, dentro dos mesmos objetivos de afirmação da nacionalidade brasileira. Não obstante o idealismo, às vezes excessivo, que norteava os autores românticos, levando-os a afastar-se da realidade, de uma percepção objetiva de sua época e de seu espaço, e a darem vazão ao sentimentalismo exacerbado e à imaginação, o regionalismo consistiu, em alguns casos, no retrato de determinado lugar, na observação de sua gente com seus costumes e paisagens. Assim é com O seminarista: apesar da linguagem colorida, rica em pormenores e exagerada — sobretudo nas descrições da natureza —, o livro consegue mostrar um quadro fiel do interior de Minas Gerais, com os costumes e hábitos das pessoas do lugar, a vila de Tamanduá. Já se disse que Bernardo Guimarães foi criticado por Monteiro Lobato, que o acusou de falsificar nossas matas, por força de uma excessiva adjetivação pretensiosa. Em O Seminarista, o autor consegue superar essa falha, já que enfatiza uma questão social e religiosa: os efeitos danosos do celibato clerical. |
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Bernardo Guimarães: um autor regionalista |
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, no dia 15 de agosto de 1825, e lá mesmo morreu, no dia 10 de março de 1884. Em 1829, muda-se com a família para Uberaba, onde inicia os estudos, que seriam completados em Campo Belo e Ouro Preto. Cursa a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, entre 1847 e 1852, levando, à época, uma vida que lhe traria a fama de boêmio e satírico. Participou da “Sociedade Epicuréia” com Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, participando das famosas “aventuras” do grupo de poetas que buscavam reviver as emoções e loucuras do poeta ultra-romântico inglês Lord Byron. Formado em Direito, dedica-se à Magistratura e ao Magistério. Em 1852 publica seu primeiro livro, o volume de poesias Cantos da solidão e é nomeado juiz municipal em Catalão, Goiás. Em 1860 está no Rio de Janeiro, colaborando na imprensa como crítico literário. Depois de retornar a Goiás em 1861, reassumindo suas funções de juiz, passa outra temporada no Rio, onde publica, entre 1864 e 1865, outro livro, Poesias. O ano de 1867 marca sua volta a Ouro Preto e o casamento com Dona Teresa Maria Gomes. Dois anos depois, o primeiro romance: O ermitão de Muquém. Suas obras mais lidas, O Seminarista (1872) e A Escrava Isaura (1875), devem-lhe a popularidade menos por um progresso na técnica narrativa ou no traçado das personagens, do que à garra dos problemas de época que abordam: o celibato clerical no primeiro e a escravidão no segundo. Valendo-se da “técnica do contador de casos”, sua narrativa apresenta-se fluente, oralizada. Sofreu forte influência de Alexandre Herculano, o romântico português, autor anticlerical e avesso ao celibato imposto aos padres, em Eurico, o presbítero. Bernardo Guimarães traz um regionalismo que mistura elementos da narrativa oral: os “causos” e as “estórias” de Minas Gerais, com uma boa dose de idealização. Embora não seja tão forte como em José de Alencar, tal idealização é responsável por uma linguagem adjetivosa e convencional na maioria dos quadros agrestes. O Seminarista, sua melhor obra, é um verdadeiro protesto contra o cerceamento do instinto pelo voto precoce de castidade, o autor critica a distorção da natureza humana. Na linha do romance passional, retoma, com menos poesia, o esquema final de Herculano, no Eurico, o Presbítero: a morte e a loucura por amor. Além das obras referidas, Bernardo Guimarães deixou também, em prosa, Lendas e romances (1871), O Garimpeiro (1872), Histórias e Tradições da Província de Minas Gerais (1872), O Índio Afonso (1873), Maurício (1877), A Ilha Maldita (1879); em poesia, Novas Poesias (1876), Folhas de Outono (1883), e a peça de teatro A Voz do Pajé (1914). |
domingo, 12 de junho de 2011
ATENÇÃO: GRUPO 07
Estou preocupada com o grupo 07: Prosa Regionalista Romântica Brasileira. Nenhuma postagem foi feita até o momento. Temos a apresentação do grupo 07, dia 15/06/2011. Não podemos esquecer das responsabilidades assumidas. Aguardo postagem. Obrigada, Vera.
GRUPO 08/ Teatro Romântico
Teatro Romântico
Além da poesia e da ficção, obras do gênero dramático também foram produzidas no Romantismo. O teatro romântico define-se apoiado na tradição clássica do teatro de Shakespeare, no drama burguês e no teatro tradicional de algumas literaturas. No Romantismo, há o rompimento da lei das três unidades do teatro clássico (tempo, espaço, ação); passa-se do verso à prosa. Com a transformação do teatro clássico, concebe-se um teatro moderno para os problemas humanos, morais, sociais da época. As peças apresentam multiplicidade de circunstâncias e de personagens. Com a vinda da família real para o Brasil (1808) é que nasce rigorosamente o teatro nacional. Gonçalves de Magalhães e o ato João Caetano dos Santos são considerados os introdutores do teatro brasileiro. Gonçalves de Magalhães escreve, em 1838, a primeira peça romântica no Brasil: Antonio José ou o Poeta e a Inquisição. A peça Leonor de Mendonça, em três atos, escrita em prosa por Gonçalves Dias, revela a consciência do drama moderno. José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo são exemplos significativos da missão reformadora do teatro romântico. Em 1855, o teatro brasileiro passa por uma renovação: “os dramalhões e as comédias são substituídos pelos chamados dramas de casaca, teatro da atualidade, de tese social e de análise psicológica, transição para o teatro realista”, conforme diz Soares Amora. Principais Autores do Teatro Românticos LUÍS CARLOS MARTINS PENA (Rio de Janeiro-RJ, 1815 – Lisboa-Portugal, 1848) Martins Pena estuda comércio e artes, pintura e música. Dedica-se mais tarde, com êxito, ao estudo das línguas européias. Ingressa na carreira diplomática, indo servir junto à legação brasileira em Londres. Com a saúde abalada, tenta voltar para o Brasil, mas falece repentinamente em Lisboa com apenas trinta e três anos. Martins Pena escreve apenas teatro, sua verdadeira paixão, deixando-nos vinte e oito peças; nem todas, porém, impressas durante a vida do autor. É o expoente máximo do teatro romântico brasileiro, o mais importante comediógrafo da época. Deixa várias comédias de costumes. Sua linguagem é simples; utiliza disfarces e caricaturas, retratando a sociedade brasileira dos meados do século XIX. A sua estréia se dá em 1838 com a peça O Juiz de Paz da Roça. Escreve ainda outras peças: A Família e a Festa da Roça (1842); O Judas em Sábado de Aleluia (1846); O Caixeiro da Taverna (1847); Quem Casa Quer Casa (1847); O Noviço (1853).
Artes Plásticas
Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.
Literatura
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.
Música
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.
O ROMANTISMO NO BRASIL
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.
Artes Plásticas
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.
Martins Pena
Nascimento | |
Morte | 7 de dezembro de 1848 (33 anos) Lisboa |
Nacionalidade | |
Ocupação | Dramaturgo, diplomata e introdutor da comédia de costumes no Brasil |
Escola/tradição |
Luís Carlos Martins Pena (Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1815 — Lisboa, 7 de dezembro de 1848) foi dramaturgo, diplomata e introdutor da comédia de costumes no Brasil, tendo sido considerado o Molière brasileiro.
Sua obra caracterizou pioneiramente, com ironia e humor, as graças e desventuras da sociedade brasileira e de suas instituições. É patrono da Academia Brasileira.
Sua obra caracterizou pioneiramente, com ironia e humor, as graças e desventuras da sociedade brasileira e de suas instituições. É patrono da Academia Brasileira.
Vida
Filho de Antônio Martins Pena e Ana Francisca de Paula Julieta Pena, pessoas de poucas posses. Com um ano de idade, tornou-se órfão de pai; aos dez anos, de mãe. Seu padrasto, Antônio Maria da Silva Torres, deixou-o a cargo de tutores e, por destinação destes, ingressou na vida comercial, concluindo o curso de Comércio aos vinte anos, em 1835. Depois, passou a freqüentar a Academia Imperial das Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente, estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 4 de outubro de 1838, foi representada, pela primeira vez, uma peça sua, "O juiz de paz na roça", no Teatro São Pedro, pela célebre companhia teatral de João Caetano (1808-1863), o mais famoso ator e encenador da época. No mesmo ano, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos diversos, tais como amanuense da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, em 1843, e adidos à Legação do Brasil em Londres, Inglaterra, em 1847. Durante todo este período, contribuiu para a literatura brasileira com cerca de trinta peças, das quais aproximadamente vinte sendo comédias, o que o tornou fundador do gênero da comédia de costumes no Brasil, e as restantes constituindo farsas e dramas. Também, de agosto de 1846 a outubro 1847, fez críticas teatrais como folhetinista do Jornal do Comercio. Em Londres, contraiu tuberculose; e em trânsito para o Brasil, veio a falecer em Lisboa, Portugal, com apenas 33 anos de idade, em 7 de dezembro de 1848.
Em sua obra ele debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.
Após sua morte, ainda vieram a público algumas de suas peças, como "O noviço" (1853) e "Os dois ou O inglês maquinista" (1871). Sua produção foi reunida em Comédias (1898), editado pela Editora Garnir, e em Teatro de Martins Pena (1965), 2 volumes, editado pelo Instituto Nacional do Livro. Folhetins - A semana lírica (1965), editado pelo então Ministério da Educação e Cultura e pelo Instituto Nacional do Livro, abrange a colaboração do autor no Jornal do Comércio (1846-1847).
Martins Pena deu ao teatro brasileiro cunho nacional, influenciando, em especial, Artur Azevedo. Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "...se se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época".
Uma das principais salas do Teatro Nacional Cláudio Sant oro, em Brasília, leva seu nome.Obra
Em sua obra ele debruçou-se sobre a vida do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX e explorou, sobretudo, o povo comum da roça e das cidades. Com a ajuda de sua singular veia cômica, encontrou um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Construiu uma galeria de tipos que constitui um retrato realista do Brasil da época e compreende funcionários públicos, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos e profissionais da intriga social. Suas histórias giram em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas e festas da roça e das cidades.
Após sua morte, ainda vieram a público algumas de suas peças, como "O noviço" (1853) e "Os dois ou O inglês maquinista" (1871). Sua produção foi reunida em Comédias (1898), editado pela Editora Garnir, e em Teatro de Martins Pena (1965), 2 volumes, editado pelo Instituto Nacional do Livro. Folhetins - A semana lírica (1965), editado pelo então Ministério da Educação e Cultura e pelo Instituto Nacional do Livro, abrange a colaboração do autor no Jornal do Comércio (1846-1847).
Martins Pena deu ao teatro brasileiro cunho nacional, influenciando, em especial, Artur Azevedo. Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "...se se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época".
Uma das principais salas do Teatro Nacional Cláudio Sant oro, em Brasília, leva seu nome.Obra
A obra de Martins Pena reúne quase 30 peças, dentre comédias, sátiras, farsas e dramas. Destacou-se especialmente por suas comédias, nas quais imprimiu caráter brasileiro, fundando o gênero da comédia de costumes no Brasil, mas foi criticado pela baixa qualidade de seus dramas. No geral, produziu peças curtas e superficiais, contidas em um único ato, apenas esboçando a natureza das personagens e criando tramas, por vezes, com pouca verossimilhança e coerência. Ainda assim, construiu muitas passagens de grande vivacidade e situações surpreendentes e é constantemente elogiado pela espontaneidade dos diálogos e pela perspicácia no registro dos costumes brasileiros, mesmo que quase sempre satirizados.
Obras:
Teatro:
• O Irmão das Almas;
• O Judas no Sábado de Aleluia;
• Quem casa quer casa;
• Os dois ou o Inglês Maquinista;
• Um estrangeiro na Corte.
• O Noviço.
Academia Brasileira de Letras
Martins Pena é o patrono da cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de um dos fundadores desta academia, o teatrólogo Artur de Azevedo.
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